Desde muito pequeno que os assuntos de medicina não eram a minha prioridade, eu era leitor de tio patinhas, há um sótão com centenas de livros do pato donald e do seu primo gastão, do professor pardal e dos seus maravilhos inventos. Nunca gastei um centavo para livros de saúde, talvez porque tenho saúde, sempre tive uma saúde de ferro, se calhar porque sempre achei o assunto demasiado complexo e que iria requerer demasiada energia.

Eu sempre tive uma certa desconfiança dos médicos, aqui e ali fui vendo que recebiam dinheiro das farmacêuticas e tinham pouca preocupação com os doentes, eles aviam receitas sem nunca ver um estudo. Felizmente há gente competente e séria que nos faculta contraditório, precisamos é ter curiosidade de os encontrar.

Nestes dois anos de plan-demia, a dificuldade não esteve em descortinar que não havia pandemia, havia sim muita politica e interesses das farmacêuticas, uma agenda coordenada ou não, em que políticos e farmacêuticas viram uma oportunidade para trilhar um caminho comum de sucesso aos seus interesses. Aos poucos fui aprendendo e aumentando o meu conhecimento da indústria farmacêutica e do que eram capazes.

Após mais de vinte livros, já não me restam dúvidas, constatei com desgosto, vivemos tempos da medicina de baphomet, iatrogenia, trepanação como demonstra A Extração da Pedra da Loucura, de Bosch (c.1488–1516), uma intervenção há muito conhecida, quando o paciente tinha más ideias, era lhe aberto o crânio e quiça metiam ideias novas, muitos morreram e as ideas más também. Temo de estar a dar ideias à manada “woke” neo-comunista, eles assim que puderem reavivam estas práticas… Podemos concluir que estamos a viver os mesmos tempos, contudo, agora estamos todos convencidíssimos que somos uma sociedade muito evoluída e do conhecimento…quando na verdade estamos a viver cientificismo. Com a agravante de que os erros da passado eram fruto de uma convicção pessoal, os de hoje são crimes premeditados para continuar a receber avultadas somas de dinheiro e optar pelo caminho mais fácil, mesmo que a terceira causa de morte seja de fonte iatrogénica.

Por exemplo, um dos problemas era a má caligrafia nas prescrições…a célebre letra de médico, isto continuou até hoje porque há uma idolatraia e não se fazem perguntas. Não havia farmacêuticos a negar aviar a receita quando a prescrição era ilegível.

A medicina de baphomet há todo um mar de imoralidades, há uns anos, os médicos reclamavam cinco minutos por consulta ao ministério. Não é por acaso que um dia após uma consulta médica, tomei consciência que fui atendido demasiado rápido, rasguei a receita e fui a outro. Já eu estava na dinamarca, uma médica demorou cinco minutos na consulta, eu tinha uma unha encravada, ela receitou-me antibiótico, suponho que devia ter viagens grátis a BoraBora. Só à terceira consulta passou o pedido para o ortopedista, depois de eu fazer um escarcel. Esta é a medicina da besta.

Como é possível continuar a fraude com os vírus? Eu não estou a afirmar que a ivermectina não é eficaz para os sintomas da gripe…eu digo é que retórica de que existe um vírus que causa a doença X, é fraude. Os vírus não foram isolados, ponto, não cumpriram os critérios para podermos determinar com certeza que são eles que causam a doença Y.

Temos de fazer a seguinte pergunta – Afinal o que andaram a injectar nas crianças para o sarampo, nos adultos para o HIV…??

Quando pegamos no caso do sarampo e vamos ler Humpries, Dissolvendo Ilusões, ficamos com uma ideia completamente diferente da que nos venderam, a má nutrição, as condições de higiene e saneamento são muito mais importantes que qualquer vacina, quando as vacinas entraram em força na década de sessenta, já a maioria das epidemias não existiam, já não era um problema de saúde em massa, eram apenas casos pontuais, no entanto, venderam-nos a ideia que foram as vacinas que nos livraram dos virús.
A medicina da besta tem alimentado a ganância destes criminosos durante décadas, matando crianças, adultos, e criando um mar de dependentes das farmacêuticas.

Na medicina da besta não há doentes individuais, há doenças. Se todos somos diferentes, como podem os tratamentos serem iguais para todos?! Eu posso tomar 10 cafés, no entanto, há pessoas que com 3 cafés ficam com palpitações. Esta é a medicina do baphomet.

A medicina da besta as “vacinas covid” matam negam consultas de cancêr para priorizar a politica das “vacinas covid” que é mais rentável aos politicos, o estado de saúde do indivíduo é colectivo e o consenso é desinformado.


Para concluir traduzi uma artigo do Prof. Harald Walach que envolveu o célebre caso de PhD Stefan Lanka. Quando você ler este artigo do Prof Walach, observar os gráficos do sarampo antes da década de sessenta e reparar que já não era um problema de saúde, também por exemplo, nos estados unidos o sarampo em 10 anos não matou nenhuma criança, em contrapartida com a vacina do sarampo matou (cento e sete)107 crianças no mesmo periodo. Tudo fica mais claro e de certeza que nunca mais vai utilizar a expressão anti-vacinas como um insulto, pois o jargão está inundado de cientificismo.

Eu sei que muitos não vão ler, mas pelo menos nunca mais aceite segregar alguém que não quer tomar vacinas e aceitar narrativas.

Lado esquerdo: Dr. Stefan Lanka – Lado direito: Prof. Harald Walach



Professor Harald Walach

A data do artigo é-me desconhecida.

“Um único estudo, mesmo que bem publicado, não constitui um facto. Os dados também devem ser replicáveis, preferencialmente de forma independente, preferencialmente por outros grupos usando o mesmo método ou método similar. Isso já é suficiente?

Não. Porque a ciência é um processo social. E uma parte essencial do que é cientificamente aceite depende do consenso de uma comunidade de pesquisadores e especialistas. Ludwik Fleck foi o primeiro e muito proeminente a apontar isso na década de 1930. Ele mostrou como é realmente difícil determinar o que é uma espiroqueta de sífilis, ou seja, o patógeno bacteriano que causa a sífilis. Com este exemplo, ele foi capaz de demonstrar como os processos sociais são cruciais na construção de consenso científico.

Pode-se resumir sua posição com palavras certas: “Um facto científico é o acordo para parar de pensar”.

Ilustrarei isso a seguir com um exemplo actual empolgante: usando o “processo do vírus do sarampo” e a pergunta “O vírus do sarampo realmente existe?

Situação inicial
No famoso problema que implicou o “teste do vírus do sarampo”, a questão é se o Dr. Stefan Lanka deve ao Dr. Bardens o prémio em dinheiro de 100.000 euros. Isso será pago “se for apresentada uma publicação científica na qual a existência do vírus do sarampo não seja apenas reivindicada, mas também comprovada e na qual, entre outras coisas, seu diâmetro seja determinado. [1] O Dr. Bardens apresentou seis estudos que ele acredita atender aos critérios. Dr. Lanka negou isso. Dr. Bardens ganhou o prémio em dinheiro em uma acção civil. O réu, Dr. Lanka, apresentou um recurso.

Esta é uma situação muito interessante: um indivíduo competente no assunto nega o consenso da maioria. Ele faz isso com a ajuda de uma provocação na forma de prémios em dinheiro; caso contrário, provavelmente ninguém se importaria com essa provocação. Já podemos considerar neste ponto: quão útil é esta chamada de atenção – além da provocação pretendida -? É mesmo possível, em princípio, querer provar qualquer facto com um estudo? Posso abreviar para leitores impacientes: Na minha opinião, isso não é possível em princípio. Em lugar nenhum. Não em nenhum campo. O processo do vírus do sarampo é um bom exemplo para ilustrar isso.

A questão que precisa ser respondida é, portanto, se o trabalho apresentado – veja abaixo para detalhes – é científico e adequado para a detecção de um vírus do sarampo. Dei uma olhada nos seis artigos porque considero esta discussão excitante e gostaria de expressar alguns pensamentos sobre ela.

Isso também aborda o que não se trata e o que (para evitar mal-entendidos) não é o assunto deste artigo:

  • Não se trata de esclarecer se o sarampo existe ou não. Escusado será dizer que o sarampo existe como entidade clínico-patológica.
  • Também não se trata de esclarecer se o sarampo é causado por algum vírus ou não.
  • Certamente também não comtempla se a vacinação contra o sarampo é eficaz e sensata.
  • O que significa “científico” neste contexto?

O conceito de cientificidade


A cientificidade é uma construção complexa. O facto de um texto ter sido publicado em uma revista científica diz nada mais e nada menos do que leitores e colegas competentes entenderam o texto, acharam-no correcto e bom, e que editores e revisores da revista acharam o texto interessante para seus leitores, geralmente um público especializado. Não diz nada sobre o conteúdo de verdade ou a qualidade das informações ali publicadas. Nesse sentido, todas, excepto uma – ver adiante – das publicações apresentadas neste processo são “científicas”. Eles atendem ao padrão mínimo de terem sido publicados em órgão científico.

No entanto, o conceito de cientificidade também inclui a aceitação social consensual. Este também não é um critério de verdade, mas um critério de indiscutível. As opiniões controversas geralmente não são chamadas de “cientificamente aceitas” ou “científicas”, mas são frequentemente chamadas de “não científicas” pelos oponentes. Isso geralmente significa: “não aceito pela maioria dos que trabalham em um campo”.

Se algo é geralmente aceite cientificamente, ou seja, se permanece sem nenhuma contradição significativa e, acima de tudo, de alto nível social, geralmente é adoptado como “informação científica” nos livros didáticos e na opinião pública. Então as opiniões minoritárias são frequentemente excluídas e ignoradas até que alguém que consiga formular contradições a partir de uma posição relativamente respeitada reabra o debate.

Nesse sentido, a afirmação de que “o sarampo é causado pelo vírus do sarampo” é, sem dúvida, uma opinião cientificamente aceite, o que também implica que existe um vírus do sarampo e provou ser o agente causador. Portanto, a opinião do Dr. Lanka de que esse “facto científico” é resultado de um erro e de uma metodologia ruim é uma opinião minoritária que seria considerada “não científica” pela maioria dos cientistas. Essa argumentação é implicitamente seguida pelo laudo pericial formulado pelo Prof. Podbielski, que foi nomeado na liminar.

Agora a opinião da maioria, directa na ciência, não é um conselheiro suficientemente bom, mesmo que esteja mais próximo de nós humanos como seres sociais, e também os cientistas são seres sociais, do que análises isoladas individualmente. Exemplos históricos poderiam ser dados suficientes para mostrar isso e como as opiniões da maioria estão erradas. Aqui estão alguns exemplos.

Já em 2004, Dean apontou que o pensamento monocausal é realmente obsoleto na medicina, especialmente em infectiologia, porque a grande maioria das infecções só se desenvolve como uma interação entre patógeno e hospedeiro [2]. No entanto, como o foco no patógeno é mais fácil, a complexidade é negligenciada e a monocausalidade continua sendo elevada ao padrão científico em uma abstração pela qual não há responsabilidade.

Por muito tempo, a doutrina de que não existem planetas fora do nosso sistema solar foi considerada uma doutrina científica em astronomia. Alguns astrônomos tinham poucas chances de avanço se não aderissem a esse dogma. Hoje várias centenas de outros planetas são conhecidos.

Uma análise mais exata do debate alimentar, particularmente nos EUA, mostra: o perigo dos ácidos graxos saturados e a superioridade dos ácidos graxos insaturados para prevenção de doenças e preservação do peso padrão, que era opinião majoritária e um componente de documentos oficiais de posição, mantido por décadas, desmorona na atualidade sob a carga de dados contrários, que por muito tempo foram, admite porém, ignorados. Os mecanismos de exclusão social da comunidade científica fizeram com que as opiniões minoritárias, por mais fundamentadas que fossem, não fossem ouvidas [3].

Por outro lado, também é sabido que os interesses econômicos muitas vezes se valem de opiniões externas habilmente posicionadas para semear dúvidas e impedir mudanças que na verdade são suficientemente bem documentadas cientificamente. [4]

É claro que o mesmo princípio também é aplicado na outra direção: se, como no setor da saúde, os interesses económicos são muito fortes, factos muito óbvios são muitas vezes esquecidos porque todos os envolvidos reagem recusando-se a percebê-los. Porque uma visão diferente das coisas pode perturbar lealdades e interesses cruciais [5].

A este respeito, em todos os debates sobre “cientificidade”, incluindo este, não se deve esquecer de olhar para o contexto social, económico e histórico do próprio conceito de ciência que está a ser utilizado e os valores que lhe estão associados.

A dependência da metodologia na aceitação social e circunstâncias históricas e a necessidade de revisão

O que também é muitas vezes esquecido é a seguinte conexão: não há nenhum método científico que seria estabelecido de uma vez por todas. Novos métodos permitem novos insights, tornam obsoletos insights antigos ou os tornam mais precisos. É verdade que o método experimental, que é o foco principal aqui, é um método poderoso que vem sendo praticado há muito tempo. Mas também está sendo refinado cada vez mais. Por exemplo, no passado uma simples comparação era suficiente para uma publicação cientificamente aceitável. Isso se aplica aos três primeiros trabalhos em questão aqui. Enquanto isso, é padrão que as comparações sejam geradas por acaso e, em muitos assuntos, a cegueira é necessária. Como Sheldrake descobriu em uma pesquisa, a cegueira não é comum em pesquisas biológicas, médicas ou físicas básicas [6].

Enquanto na parapsicologia, por exemplo, 85% de todos os experimentos foram cegos, na pesquisa médica básica isso foi de apenas 6%. Isso mostra que o rigor metodológico muitas vezes depende da consciência dos pesquisadores envolvidos de que existe o perigo em seu campo de trabalho de que a opinião e a atitude do experimentador possam influenciar os resultados. Rosenthal demonstrou isso claramente em seus experimentos para a psicologia e, por analogia, para a medicina [7].

Portanto, a cegueira é comum em experimentos clínicos, médicos e psicológicos, mas quase nunca na pesquisa básica. “Por que deveria ser?” pensa o pesquisador envolvido, “medimos factos objetivos”. Mas mesmo tais medições e percepções podem ser devidas a um desejo, como Fleck pôde mostrar com o exemplo da reação sorológica de Aquário [8].

No meio, novos padrões são propostos, mas eles só são aceitos em subdomínios porque são complexos e caros. Isso se aplica, por exemplo, a controles negativos sistemáticos. Um controle negativo sistemático é quando um procedimento experimental é repetido em todos os detalhes sem carregar o agente supostamente causal. Se, como veremos neste exemplo, o experimento envolve uma certa forma de preparação e cultivo de células, na qual é introduzida solução nutritiva e, finalmente, o suposto agente causal, então um controle negativo sistemático consistiria em formar um grupo separado para cada passo individual. Esta é a única maneira de ver se apenas o agente causal e não possivelmente os artefatos são realmente responsáveis ​​pelos resultados obtidos.

Que eu saiba, essa forma de controle foi introduzida por Jan Walleczek e seu grupo [9]. No entanto, não se espalhou muito porque é caro. Curiosamente, é usado principalmente por pesquisadores que trabalham em áreas de fronteira [10].

Os estudos mais cuidadosos de um campo médico experimental com controles negativos sistemáticos são, que eu saiba, de Garret Yount, [11] Aqui foram estudados curandeiros Johrei, um grupo japonês, que supostamente podem usar “Ki”, ​​uma forma imaterial de energia , para alterar as células cancerosas. Como os experimentos-piloto iniciais foram positivos, os pesquisadores decidiram fazer uma pesquisa cuidadosa. Culturas de células cancerosas eram preparadas e tratadas à distância por curandeiros Johrei, especialmente por um mestre. Em experimentos sistematicamente de controle negativo, todo o cenário era agora levado adiante e construído da mesma maneira. Uma pessoa também foi colocada à mesma distância e pelo mesmo tempo para registrar qualquer temperatura ou efeitos eletromagnéticos. A mesma hora e local, a mesma temperatura e humidade foram escolhidas. Controles negativos sistemáticos também foram realizados sem a presença de uma pessoa, apenas para registrar o factor tempo e a variabilidade do sistema. Através de todos esses controles, os resultados inicialmente positivos foram documentados como não estáveis ​​o suficiente e o “efeito curativo” foi exposto como um artefacto.

Este exemplo mostra que os modelos teóricos que são menos aceitos pela comunidade geralmente têm que suportar controles muito mais fortes em investigações experimentais. A força do controle geralmente depende do grau de certeza a priori derivado das suposições do modelo teórico e da experiência não sistemática de que uma determinada situação provavelmente ocorrerá. Nessa medida, isso é sempre também historicamente condicionado e predeterminado pelo mainstream atualmente predominante. Se a atitude geral for de mente aberta e positiva, dados menos fortes são suficientes para convencer a maioria dos pesquisadores. Nesse caso, controles importantes são frequentemente omitidos.

O que é “cientificamente comprovado” é, portanto, não apenas ditado pelo método, mas também pela interação de um modelo atualmente válido com considerações metodológicas e com considerações a priori sobre a probabilidade de uma suposição baseada em outros achados, em visões predominantes e em uma teoria de fundo.

Do que foi dito, segue-se que um experimento ou uma publicação nunca pode fornecer certeza completa e certamente não pode estabelecer nenhum fato científico. Pelo contrário, isso acontece em um processo de troca complexo em que publicações importantes se tornam a fonte do discurso: são replicadas, são criticadas, são comentadas. E ao final de um complexo processo de negociação social entre especialistas – grande parte do qual não se dá por escrito, mas em discussões – há então um “facto científico”.

Portanto, a chamada de propostas só pode ser vista como uma provocação que convoca a comunidade científica a reflectir. É interessante ver como um respondente do mainstream reage a essa provocação do Dr. Lanka. Vamos dar uma olhada nos estudos.

The Papers
Estudo nº 1

Enders, J.F. & Peebles, T.C. (1954) Propagação em culturas de tecidos de agentes citopatogênicos de pacientes com sarampo. Proceedings of the Society for Experimental Biology and Medicine, 86(2): 277-286

Este estudo relata uma investigação experimental. Swabs de garganta, amostras de sangue e amostras de fezes foram coletadas de 7 crianças que estavam clinicamente doentes com sarampo e processadas biologicamente. Estes foram então tratados por procedimentos adequados de tal forma que se pudesse supor que as bactérias, por exemplo, não pudessem mais estar activas. As substâncias foram centrifugadas e tratadas com penicilina e estreptomicina. Além disso, foram adicionados 2 ml de leite desnatado estéril. A solução assim obtida foi então introduzida em várias culturas de células e as alterações foram observadas microscopicamente e comparadas com culturas de células não tratadas. Os autores encontraram alterações patológicas que se manifestam como aumentos celulares, sugerindo uma “imigração” de substâncias estranhas para o núcleo da célula, de modo que a cromatina, ou seja, os cromossomos e as moléculas de suporte que os cercam, são deslocadas. Além disso, os efeitos inibitórios são mostrados quando o isolado infeccioso foi aquecido, introduzido em outras células e depois adicionado às células infectadas. O resfriamento, por outro lado, não altera a infectividade. Isso sugere indirectamente que a substância estranha deve ser proteína.

Os autores avaliam suas descobertas como preliminares: “É nosso propósito descrever aqui essas observações de maneira preliminar. Evidências adicionais … serão buscadas em investigações futuras. (p. 278) “evidência indireta” (p. 286) Essa evidência indireta deve ser complementada por mais dois experimentos: a produção directa de sarampo em macacos e em humanos com o material das culturas de tecidos.

Observações metodológicas e comentários:

O estudo foi realizado em material de 7 crianças, todas com sarampo clínico. Material infeccioso pode ser isolado de 5 crianças. O material de uma criança não causou as alterações patológicas observadas no material das outras 4 crianças. Portanto, uma infectividade de 100% não é fornecida. Os autores certamente tentaram evitar erros no âmbito do conhecimento então válido. Assim, eles tentaram tratar suas soluções adicionando antibióticos de tal forma que a causa bacteriana de alterações patológicas pudesse ser excluída, se possível. No entanto, de acordo com o conhecimento actual, ainda existe a possibilidade de que os filamentos resistentes tenham sobrevivido e se multiplicado durante o período de incubação relativamente longo (14-21 dias, p. 281). No entanto, o inóculo foi filtrado através de microfiltros, que podem reter a Serratia marcescens, uma bactéria, e o inóculo, dizem os autores, estava livre de bactérias, o que eles conseguiram mostrar por experimentos de crescimento negativo. Portanto, é plausível supor que nenhuma bactéria, pelo menos nenhuma conhecida na época, seja responsável pelas alterações infecciosas.

No entanto, como os próprios autores afirmam, pode ser que outros agentes infecciosos no tecido do macaco sejam responsáveis, porque apenas o tecido do macaco demonstrou ser consistentemente adequado para transmitir agentes infecciosos neste e em outros experimentos: “somente aqueles em que os macacos foram empregados como o animal experimental foram consistentemente confirmados por outros trabalhadores. Portanto, grande cautela deve ser exercida na interpretação de quaisquer novas alegações de que o vírus foi propagado em outros hospedeiros ou sistemas. (S. 285)

Os autores, portanto, pedem cautela, e com razão. Se as deficiências que os próprios autores notaram foram sanadas por eles mesmos ou por outros em estudos posteriores não é o assunto desta consideração. Aparentemente as observações foram confirmadas por outros autores, conforme relatado no Estudo 2.

Deve-se notar também que, embora a solução experimental tenha sido tratada com várias substâncias – leite esterilizado, antibióticos, tripsina, etc. – não foi introduzida uma solução de controle contendo as mesmas substâncias sem os swabs ou soros de sangue ou fezes. Nesse sentido as comparações, embora muito convincentes, não são realmente equivalentes. Nenhum controle negativo sistemático foi incluído. Embora seja justo dizer que esse controle estrito só se tornou prática comum nas últimas décadas – nesse aspecto, os autores trabalharam de forma limpa e de acordo com os padrões da época, caso contrário o trabalho não teria sido publicado em uma revista científica – este estudo não pode ser uma prova clara de que apenas o swab ou o soro podem ser considerados para as alterações observadas. Na melhor das hipóteses, é adequado apenas como um pedaço do mosaico em uma imagem maior.

É importante notar que os autores ainda utilizam o termo “vírus” neste texto no antigo sentido latino como “agente infeccioso” ou “veneno”. Por isso, costumam falar em “agente infeccioso” ou “agente etiológico”.

Em resumo, o estudo comprova que processos de mudança celular podem ser gerados em culturas de células com material de swabs e sangue de crianças clinicamente doentes com sarampo. Mas em primeiro lugar, isso não acontece com todos os materiais. Por outro lado, em 2 a 3 semanas, leva relativamente tempo. Além disso, o desenho experimental não pode garantir que apenas um agente infeccioso do material das crianças doentes seja realmente responsável pelas alterações e não características inerentes às células do macaco sob investigação e trazidas à luz pelo tratamento. Finalmente, do ponto de vista actual, não se pode excluir que microbactérias resistentes tenham levado às mudanças observadas. O termo “vírus” é usado aqui em sentido figurado. O estudo não pode, portanto, fornecer prova da existência de um vírus do sarampo, mas pode, na melhor das hipóteses, fornecer um bloco de construção argumentativo em uma argumentação necessariamente mais complexa.

Estudo nº 2
Bech, V. & von Magnus, P. (1958) Estudos sobre o vírus do sarampo em culturas de tecido renal de macaco. Acta Pathologica Microbiologica Scandinavica 42(1):75-85.

Este estudo essencialmente replica as descobertas de Enders & Peebles (1954) e relata duas outras replicações que ocorreram nesse meio tempo. É significativo para os propósitos aqui que a metodologia foi essencialmente repetida. A diferença é que os meios de cultura e os meios de suspensão nos quais os espécimes obtidos de swabs e sangue foram armazenados e cultivados são diferentes. Novamente, penicilina e estreptomicina foram usadas como agentes antibacterianos. O isolamento do agente infeccioso, que em quase toda esta publicação é referido reificativamente como “vírus”, foi feito por swabs retirados da garganta ou por gargarejos com solução nutritiva ou de sangue. As seguintes observações são importantes para futuras considerações neste momento:

  • 13 pacientes foram examinados, 5 deles apresentaram reações positivas (“vírus recuperado”), os outros 8 não.
  • Apenas em um dos 11 pacientes um cultivo de sangue pôde ser detectado.
  • A correlação alegada pelos autores de mais fácil detectabilidade nas fases iniciais de coleta não pode ser mantida: 3 dos 5 agentes detectados são infecções que ocorreram há 24 ou 18 horas, em 2 pessoas o tempo é menor. Isso é contrastado por achados negativos nos outros 2 pacientes, onde o tempo de retirada foi inferior a 24 horas após o início da infecção.
  • As alterações citopatológicas relatadas aparentemente também ocorrem em tecido renal de macaco não infectado e, portanto, dificilmente podem ser descritas como patognomônicas, o que também foi descrito por outros autores: “alterações citopáticas semelhantes às causadas pelo vírus do sarampo podem ser observadas também em não inoculados culturas de tecido renal de macaco (Fig. 4-5). Essas alterações são provavelmente causadas por agentes semelhantes a vírus, os chamados ‘agentes espumosos’, que parecem estar frequentemente presentes em células renais de macacos aparentemente saudáveis” (p. 80) .

    Especialmente esta última observação me parece notável, pois aponta para a inespecificidade exatamente daquelas alterações patológicas que serviram de ponto de partida para a evidência óptica de uma infecção na primeira publicação de Enders & Peebles.

Como evidência do acerto da tese de que se trata de um “vírus”, afirma-se que um “teste de fixação do complemento” foi positivo. Isso foi realizado em um total de 4 pacientes. Sob a suposição plausível de que os números de pacientes relatados na Tabela 2 se referem aos pacientes originalmente relatados na Tabela 1, dois dos 4 pacientes estariam, portanto, entre os 4 pacientes onde nenhum vírus poderia ser isolado originalmente, um paciente teve sucesso e o quarto paciente é novo. Ainda não está claro em quantos pacientes esse teste de fixação foi realizado com resultados negativos ou por que nem todos foram testados.

Enders & Peebles havia alertado que apenas uma causa experimental da doença por isolado em macacos ou humanos poderia provar a causa. Portanto, um experimento de infecção foi realizado em dois macacos rhesus criados em laboratório. Um dos dois macacos apresentou sintomas subclínicos. Em ambos os casos, foi determinado um título de anticorpo correspondente.

Observações metodológicas e comentários:

O estudo sofre, em princípio, das mesmas fraquezas que o estudo original de Enders & Peebles:

  • É possível que as alterações tenham sido causadas por cepas resistentes de bactérias não cobertas pelos antibióticos.
  • É possível que quaisquer substâncias no meio da solução sejam responsáveis ​​pelas alterações.
  • É possível que uma interação entre o meio de solução e a célula de macaco leve à mudança observada.
  • A taxa de 5 pacientes em 13 está abaixo de 50% e, portanto, longe do postulado de Koch de 100% de causalidade infecciosa [12].
  • A transmissão da doença para o organismo do macaco foi bem sucedida em um dos 2 casos. Um título de anticorpo foi encontrado em ambos; uma infecção prévia com sarampo foi excluída. No entanto, sob o pano de fundo da afirmação de que um “agente espumoso” nas células renais dos macacos poderia ser o responsável pela mudança, essa afirmação perde seu poder de persuasão, pois não se pode excluir que o mesmo “agente espumoso ” que está naturalmente presente em macacos pode ter levado à reação do anticorpo que foi determinada.

    Linguisticamente, pode-se afirmar que ao longo de um ano e três publicações entremeadas e citadas no meio, a opinião de que o agente infeccioso é um “vírus” é obviamente tida como certa, porque praticamente apenas o “vírus” ainda está sendo falado . Este é um exemplo interessante de como a realidade é criada por conceitos, em vez de a realidade se tornar formadora de conceitos.

Em resumo, este estudo não pode provar que “o” vírus do sarampo existe. O que o estudo mostra é que existe um agente infeccioso que pode ser detectado em menos de 50% dos casos, mas que poderia estar presente nas células. Também poderia, ignorado pelos autores, ter se originado em algum lugar nos meios de criação ou na interacção. Isso só poderia ter sido excluído por controles negativos sistemáticos, que não eram comuns na época.

Imagem original da cultura de células HeLA infectadas com a cepa Edmonston do “suposto” vírus completo do sarampo. Muito claramente pode-se ver as estruturas de diferentes tamanhos dentro das células.


Estudo nº 3
Nakai, M. & Imagawa, D.T. (1969) Electron microscopy of measles virus replication. Journal of Virology, 3(2): 187-197.

Este estudo fornece uma descrição microscópica eletrônica do agente infeccioso em questão, aqui já referido como “vírus do sarampo”. Descreve na entrada trabalhos anteriores que teriam descrito ordens de magnitude de 100-150 nm ou 120-250 nm. Aqui são descritos os diferentes estágios de replicação do vírus. Para este fim, é utilizada a chamada “estirpe Edmonston” do vírus “propagado em células HeLa [13]”. A literatura citada refere-se ao trabalho original de Enders & Peebles (1954), Estudo 1 acima. A extração do vírus não é descrita; a publicação permite duas interpretações aqui: 1) Os isolados originais de Enders & Peebles, que foram introduzidos em culturas de células por eles na época, também foram usados ​​aqui. 2) Os métodos descritos por Enders & Peebles para obtenção de material infeccioso também foram usados ​​aqui. É difícil dizer qual das duas interpretações se aplica. Estes foram introduzidos em novas células HeLa, misturados com diferentes reagentes, posteriormente cultivados e purificados por quatro etapas ascendentes de centrifugação, obviamente com a ideia de que no final a partícula mais leve, o vírus, permaneceria no filtrado e assim estaria disponível para inspeção através de o microscópio. Diferentes estruturas de formas diferentes foram encontradas (“os virions são pleomórficos”, p. 189), que apresentaram tamanhos muito diferentes de 180 a 600 nm.

O tratamento dos controles não é mencionado. A publicação diz apenas: “As preparações de controle de células HeLa não inoculadas foram examinadas de maneira semelhante” (p. 188). Isto pode ser interpretado como significando que as células HeLa não inoculadas também foram submetidas a uma centrifugação gradual semelhante e também foram examinadas microscopicamente. Isso também pode ser interpretado como significando que as células de controle foram fornecidas com os mesmos reagentes no sentido de um controle negativo sistemático. No entanto, uma vez que isso não é mencionado mais adiante, e uma vez que se pode presumir que teria sido mencionado, uma vez que teria sido uma etapa de produção dispendiosa, não se pode presumir que tais controles negativos sistemáticos tenham sido gerados. Nada é relatado sobre os achados nas células de controle. As ilustrações mostram apenas células experimentais, sem controles para comparação.

Os autores escrevem que os corpos de inclusão citoplasmáticos observados por eles, ou seja, inclusões no citoplasma de células infectadas, podem estar relacionados à formação de novas partículas virais, mas chamam isso de especulação, que teria que ser confirmada por investigações semelhantes com marcação imunológica clara . O mesmo se aplica aos corpos de inclusão no núcleo da célula. Não está claro como isso está relacionado a uma possível replicação do vírus: “A relação entre o corpo de inclusão nuclear e a replicação do vírus do sarampo não é clara. (S. 196)

Observações metodológicas e comentários:

A validade do estudo é baseada em três condições que não são claras no contexto da publicação:

  • O estudo assume que o método Enders & Peebles é adequado para isolar um agente infeccioso; em qualquer caso, este estudo é dado como referência para o isolado. Não foram dados mais detalhes sobre a coleção. Isso pode ser porque o método de coleta foi geralmente aceito na época ou simplesmente usado aqui. Ainda não está claro se o agente foi obtido recentemente ou foi cultivado em linhagens celulares desde Enders & Peebles, ou seja, por 15 anos.
  • O estudo assume que apenas o agente infeccioso é isolado pelo novo cultivo do agente infeccioso e filtração ou centrifugação.
  • O estudo assume que os reagentes que foram adicionados às células HeLa para preparar as amostras são irrelevantes.

    Acima de tudo, ainda não está claro como o vírus putativo foi cultivado e propagado nas células. A escolha de palavras dos autores (“A cepa Edmonston [14] do vírus do sarampo [6 – isso se refere a Enders & Peebles 1954; publicação 1 acima], propagada em células HeLa, foi usada neste estudo. p. 187) não contribuir para o esclarecimento, sendo esta a única informação de como o agente infeccioso foi obtido.

Um controle negativo sistemático, ou seja, uma condição de controle que foi tratada da mesma maneira que as células experimentais, incluindo coloração, incubação, etc., parece não ter ocorrido. Em vez disso, células aparentemente não tratadas foram simplesmente inspecionadas. O que exatamente aconteceu com as células de controle não é relatado. Se estruturas de um tipo semelhante foram encontradas ou não nas células de controle não é relatado na publicação.

A propósito, a variação de tamanho das estruturas encontradas parece notável: estudos anteriores relatam um tamanho de 100-150 nm, ou 120-250 nm. Aqui, foram encontradas partículas da ordem de 180-600 nm.

Em resumo, apesar das indicações e imagens sugestivas, esses estudos não fornecem evidências em sentido estrito. Portanto, um controle negativo sistemático deveria ter sido realizado e deveria ter sido claramente relatado que nenhuma evidência de partículas semelhantes foi encontrada nesses controles. Agora, é claro, um proponente pode dizer que isso era auto-evidente e, portanto, não vale a pena mencionar. Embora tal argumentação seja compreensível, no sentido estrito, pelo menos uma frase para esta afirmação teria sido necessária aqui. Esses fatos têm uma coisa em comum: a saber, que não está claro de onde veio o agente infeccioso ou como exatamente os controles foram tratados e que não está claro se algo era visível nos controles e, em caso afirmativo, o quê, tornam este estudo inútil como auxílio à argumentação.

Publicação nº 4
Lund, G.A., Tyrrell, D.L.J., Bradley, R.D. & Scraba, D.G. (1984) O comprimento molecular do RNA do vírus do sarampo e a organização estrutural dos nucleocapsídeos do sarampo. Journal of General Virology, 65: 1535-1542.

Neste estudo, a estrutura do RNA do vírus do sarampo deveria ser examinada por microscopia eletrônica. Para isso, uma cepa de vírus foi cultivada e introduzida nas células. Estes foram então incubados durante 72 horas e após 90-95% das células terem mostrado efeitos citopatológicos claramente visíveis, foi aplicado um método de purificação. A partir disso, obteve-se o isolado de vírus suspeito, que foi então examinado. Para isso, o excesso de líquido foi tratado e centrifugado várias vezes, para que o ideal permanecesse o vírus. O resultado foi examinado por microscopia eletrônica para determinar a estrutura, tamanho e forma do RNA viral.

Parte do exame é uma imagem microscópica eletrônica de um vírus representativo (Figura 3a). Os autores observam que a variedade de forma e tamanho (“pleomórfico” p. 1537) já relatada por Nakai & Imagawa (1969) também foi encontrada aqui. Se Nakai & Imagawa (1969) relataram 180-600 nm, partículas entre 300 e 1000 nm foram encontradas aqui, ou seja, cerca de 1,5 vezes maior do que em Nakai & Imagawa. O virion mostrado tem um tamanho de 500 nm e, portanto, está no meio da largura de espalhamento.

Além disso, as estruturas foram examinadas visualmente, medições de comprimento foram feitas e a estrutura fina dos nucleocapsídeos, ou seja, as estruturas de proteína contendo o RNA viral, foi registrada. São feitos cálculos sobre sua forma, comprimento e quantidade dentro de um vírion, que não são relevantes para a presente questão de pesquisa.

Observações e comentários metodológicos:

Experimentos de controle não são relatados nesta publicação. À primeira vista, isso também não parece necessário, mas também revela a potencial fraqueza de toda a cadeia de argumentação. Esta publicação é baseada na suposição de que, por infecção e cultivo, um vírus pode de fato ser isolado, que pode então ser caracterizado e investigado. Se essa suposição estiver correta, a forma, o tamanho e a diversidade do vírus do sarampo relatados aqui estão de fato comprovados. Se estiver errado, as propriedades relatadas aqui pertencem a uma partícula diferente.

Isso mostra que a publicação, como é prática comum na ciência, é baseada na verdade cumulativa na literatura, ou seja, em experimentos e trabalhos anteriores. Isso economiza tempo e, de certa forma, é útil. Mas obviamente também aumenta a dependência do erro. Se, puramente hipoteticamente, os componentes celulares tivessem sido transportados das células pelo procedimento relatado, todas as análises se refeririam a esses componentes, que seriam (mal) interpretados como partículas virais. Tal descuido só poderia ser descartado se um controle único, inequívoco e sistematicamente negativo, ou seja, um procedimento de controle em que todas as etapas (enriquecimento, incubação, coloração, adição de reagentes e solução nutritiva) fossem realizadas sem a inoculação original com material presumivelmente infeccioso . No entanto, pelo menos na literatura disponível aqui, isso não foi feito.

Portanto, pode ser puramente teórico que o que é visível aqui não é um vírus do isolado de sarampo, mas, por exemplo, um que está contido nas linhas celulares e foi cultivado posteriormente, ou uma mistura destes. Como as partículas observadas são “pleiomórficas”, ou seja, podem ter muitas formas e tamanhos diferentes, a questão de saber se uma partícula pode ser atribuída a uma população específica de vírus provavelmente não é tão fácil de responder.

A discussão lembra a relatada por Ludwik Fleck, que primeiro teve as espiroquetas da sífilis geradas como um fato por meio da reação de Aquário e várias técnicas de coloração [15]. Fleck chegou à conclusão de que um fato científico é um acordo. Da mesma forma, pode-se supor que é um acordo chamar as partículas encontradas de vírus do sarampo. Um fato “objetivo”, metodologicamente independente, dificilmente pode ser justificado por isso. Para isso seria necessário que um requisito importante nesta publicação – ou em publicações anteriores nas quais esta publicação se baseia – tivesse sido cumprido, o que não pode ser detectado nos textos aqui apresentados:

Controles negativos sistemáticos devem ter sido realizados, o que poderia ter descartado que os componentes propagados, cultivados e multiplicados realmente provinham do vírus isolado e não das próprias culturas de células. Afinal, existe a possibilidade teórica, que tem sido repetidamente defendida por uma minoria [16], de que as próprias células cancerosas contenham agentes infecciosos, como bactérias ou vírus. Se assim fosse, seriam ainda mais cultivadas e isoladas pelos métodos de cultivo e enriquecimento aqui utilizados, assim como o inóculo introduzido.

Parece-me óbvio que a imagem mostrada na Figura 3 desta publicação mostra uma partícula contendo RNA que foi medido, caracterizado e descrito em detalhes. No entanto, não está claro se essa partícula se origina do inóculo do sarampo ou das próprias células. O fato de isso não ser discutido como um problema pode significar duas coisas:

  • Há uma publicação em que isso foi feito e à qual todas as outras publicações se referem. Os discutidos acima certamente não estão entre eles, e nenhuma prova dessa suposta possibilidade é evidente em nenhum texto até agora.
  • Ainda não foi reconhecido como um problema metodológico.

    Parece-me que 2) é a variante mais provável: se houvesse consciência metodológica do problema, então todo autor que publicasse sobre o tema se sentiria compelido a citar a referência correspondente ou se referiria a ela com uma frase nos métodos ou seção de discussão. Como isso não acontece, o problema provavelmente não foi reconhecido ou, se reconhecido, não foi considerado relevante.

Em resumo, este estudo apresenta uma imagem clara que pode ser tratada como uma partícula de vírus. No entanto, tanto a diversidade quanto a variação de tamanho da imagem, juntamente com a falta de controle negativo sistemático em todos os estudos, levantam dúvidas de que a imagem oferecida seja de fato uma imagem de um vírus do sarampo. Apenas uma análise morfológica das muitas formas e uma caracterização clara, por ex. baseado em métodos imunológicos, e sobretudo uma prova robusta de que não podem ser cultivos a partir de culturas celulares, dissiparia qualquer dúvida.

Publicação nº 5
Horikami, S. M. & Moyer, S.A. (1995) Estrutura, transcrição e replicação do vírus mesles. In: V. ter Meulen & M.A. Billeter (Eds) Vírus do Sarampo. Tópicos Atuais em Microbiologia e Imunologia 191 (pp. 35-50). Springer: Nova York, Heidelberg.

Este trabalho reúne quase 120 outros artigos em uma visão geral e trata exclusivamente da estrutura do RNA viral, codificação de genes e estudos relacionados. Assim, pressupõe que a questão de interesse aqui foi respondida e não é em si relevante para a questão de interesse aqui. Mostra, no entanto, que uma rede de pesquisa muito rica foi estabelecida por pesquisadores que trabalham sob o consenso de que os vírus isolados aqui são de fato derivados do sarampo. A correção dessa suposição não é discutida nem problematizada, mas é obviamente assumida. Assim, a factualidade é comprovada. Se os detalhes das explicações para especialistas contêm ou não indicações de que as sequências de genes ou o comportamento do RNA são típicos para certos vírus está além da minha competência. No entanto, é claro: nada é dito nesta revisão sobre o método de isolamento do vírus em si e a validade metodológica desse primeiro passo. Em vez disso, supõe-se que isso seja uma questão metódica, é claro. Se este é ou não o caso, não pode ser determinado com base nestas e nas publicações discutidas anteriormente. Formalmente, talvez deva ser considerado: mesmo que a Springer seja uma editora muito boa, é mais provável que essas obras editadas sejam sujeitas a uma revisão gentil.

Publicação nº 6.
Daikoku, E., Morita, C., Kohno, T. & Sano, K. (2007) Análise da morfologia e infecciosidade das partículas do vírus do sarampo. Boletim da Faculdade de Medicina de Osaka, 53(2): 107-114.

Este estudo analisou a morfologia e infectividade das partículas do vírus do sarampo. A princípio, os autores observam que vários outros estudos concluíram, incluindo os discutidos acima, que o agente infeccioso é polimórfico e foi observado em vários tamanhos entre 180 e 600 nm e 300 e 1000 nm, respectivamente. Além disso, a separabilidade em três frações foi relatada. Isso será continuado aqui. A cepa Edmonston também é utilizada, sem maiores informações sobre a extração. Várias células, incluindo as de macacos, mas também linhas de células humanas estão infectadas com ele. Estas são incubadas e cultivadas durante 7 dias antes das células infectadas serem obtidas por centrifugação e microfiltração. São submetidos à microscopia eletrônica, tanto convencional quanto com marcação imunológica.

Tal como nos outros estudos, verificou-se que as partículas polimórficas eram vírus do sarampo. Eles têm tamanhos de 50 nm a 950 nm. Todas as partículas em qualquer formação de tamanho são infecciosas. A maioria das partículas tem um tamanho de 300 a 500 nm e, portanto, estão na faixa da faixa de tamanho observada por outros. As partículas podem ser marcadas com diferentes métodos imunológicos e, assim, apresentar diferentes estruturas finas.

Observações e comentários metódicos:

Formalmente, deve-se notar que o “Boletim da Faculdade de Medicina de Osaka” é um periódico bastante periférico, que no momento não pode sequer apresentar um fator de impacto. Mesmo alguns periódicos que publicam amplamente em alemão como “Der Schmerz”, “Der Psychotherapeut” ou “Forschende Komplementärmedizin” possuem fatores de impacto, o que mostra que seus trabalhos são citados por outros autores. A autodescrição da revista em seu site sugere que não há revisão por pares, apenas um exame interno. A revista é usada principalmente por membros da Faculdade de Medicina de Osaka para comunicar suas descobertas. Portanto, não é uma publicação de “alto nível”, e seria de se esperar que uma descoberta inovadora, como a descrição clara da microscopia eletrônica, fosse publicada em um periódico mais amplamente distribuído.

O estudo, como todos os outros, baseia-se na aceitação e validade do método de extração. Portanto, temos o mesmo problema de todos os outros estudos: a extração do isolado segue o esquema conhecido. Aqui é apresentado mesmo minério brevemente: “MeV, a cepa Edmonston, foi inoculada ….”. (pág. 108). Com “MeV” abreviação de “vírus do sarampo” e “a cepa de Edmonston”, a tradição de pesquisa neste campo é atendida.

Vimos na publicação nº 3 que a mesma redação foi utilizada e foi utilizada uma referência ao estudo original de Enders & Peebles (1954), que aqui é omitida. Assim, podemos supor que, novamente, o mesmo método de Enders & Peebles foi usado para o cultivo do vírus ou, mais provavelmente, que a linhagem celular infectada daquela época foi usada para obter o isolado. Isso significa, no entanto, que tudo o que aconteceu e não aconteceu desde então está acontecendo ou não aconteceu. Isto pode envolver a introdução e posterior cultivo de outro agente, ou a posterior propagação de substâncias ou agentes nas culturas de células. Como não foi feito nenhum controle negativo sistemático, isso também não pode ser decidido aqui. Por mais convincentes que sejam as imagens e análises, e por mais sugestivas que seja a tradição da pesquisa: não se pode descartar que um agente infeccioso de outra natureza ou componentes celulares da cultura do sarampo tenham sido isolados e retratados aqui. A curta declaração “MeV, a cepa Edmonston…” não permite que uma decisão seja tomada. Experimentos de controle não são mencionados.

Portanto, este estudo, em última análise, não é adequado para responder à presente questão.

Discussão e consequências
O que aprendemos com essa situação? Resumindo: nenhum dos estudos realiza um controle negativo realmente sólido, o que garante que o agente potencialmente infeccioso já não esteja presente no material de partida, nas células de rim de macaco ou nas células HeLa. Tanto os próprios agentes introduzidos, ou estes em interação com o material celular, ou este sozinho, ou todos em conjunto com o isolado do tecido doente podem ser responsáveis ​​pelas alterações observadas.

Nesse sentido, o desafiante, Dr. Lanka, me parece estar certo: um único estudo não provará a existência do vírus do sarampo, e certamente nenhum dos estudos aqui apresentados.

Mas por que então o consenso na ciência, que obviamente se sente perturbado em seus negócios por um encrenqueiro como Lanka? Isso pode ser constatado na opinião de especialistas do Prof. Podbielski, que aponta que o quadro só é possível se todos os achados forem considerados em conjunto, inclusive os estudos não discutidos neste processo.

A ciência é sempre um processo social cumulativo. No decorrer de todo o processo de construção da teoria infectiológica, surgiu o consenso de que o sarampo deve ser um processo infeccioso. De alguma forma, todos esperavam que fosse possível isolar algo como um vírus. Portanto, a expectativa a priori era alta de que um estudo teria que ter tal resultado em algum momento. E, assim, a totalidade dos pesquisadores olha até certo ponto com benevolência sobre as fraquezas metodológicas dos primeiros estudos, mesmo que seus autores admoestem por cautela. Pela tradição da citação de repente se produz a facticidade, que também – se estivessem presentes – estudos negativos posteriores não podem mais revisar tão simplesmente.

Isso foi recentemente demonstrado de forma muito impressionante por um exemplo em que uma teoria errada foi apoiada por anos, mesmo que houvesse descobertas negativas suficientes, simplesmente porque os autores mais poderosos apoiaram a teoria errada e suprimiram sistematicamente as descobertas negativas. Era a teoria de que uma certa forma de miosite era causada por depósitos de amiloide. Somente muitas publicações depois e depois de muito esforço ficou claro, por um lado, que a teoria estava errada e, por outro, que essa opinião errada se devia ao facto de os fatos terem sido criados por redes de citações [17].

Essa factualidade se torna tanto mais difícil de duvidar quanto mais tempo é transmitida e quanto mais tempo é aceita por todos. Sim, mas: “há todos esses estudos genéticos, todos esses estudos de microscopia eletrônica”, dirá o proponente. Correto. A questão que Lanka levantou, e que parece bastante justificada, é: os primeiros dados, a que se referem todos os estudos posteriores, foram realmente coletados de tal forma que, sem dúvida, isolaram apenas o agente causal suspeito? Como vimos, este não é o caso. Nos primeiros estudos – e nenhum dos outros estudos apresentados eliminou a deficiência – não foram incluídos controles negativos. Portanto, agentes já presentes nas células do macaco, o famoso “agente espumoso”, agentes criados pela interação, agentes introduzidos pelos aditivos ou agentes criados pela interação com as células HeLa ou uma mistura destes podem ser os responsáveis ​​pelas alterações subsequentes observadas. Como todos os métodos e estudos posteriores parecem se basear nesses primeiros estudos, o argumento não parece ser invalidado.

Poderia ser eliminado apresentando um estudo que elimine o problema. Ou não existe tal estudo, ou o autor não o encontrou e não o apresentou.

Esta é uma situação interessante. Estou curioso para saber como o tribunal vai decidir. Na verdade, do meu ponto de vista o seguinte deve acontecer agora:

Um laboratório realmente bom teria que realizar o isolamento do vírus suspeito do sarampo a partir do zero e, com a ajuda de controles negativos sistemáticos, realizar uma cultura que mostrasse que os procedimentos acompanhantes – solução nutritiva, inserção de células, transferência para uma linhagem de células – não levam à infecciosidade e às alterações observadas, e posteriormente caracterizam o vírus eletronicamente microscopicamente e bioquimicamente. Este estudo teria que ser registrado previamente e um periódico de alto nível teria que providenciar sua publicação independentemente do resultado.

Ou então, um pesquisador experiente deve extrair a publicação dos arquivos em que isso aconteceu. As publicações submetidas não cumprem esta tarefa. É mais provável que todos voltem aos negócios como de costume, porque questionar um consenso que durou quase meio século custa bastante caro.

O processo do vírus do sarampo talvez possa nos dar um pouco de reflexão. O discurso só será devidamente iniciado quando um virologista realmente abastado aceitar esse desafio. Talvez o Sr. Lanka devesse pegar seu dinheiro e fazer um teste em um laboratório realmente bom e organizar um estudo lá? Talvez isso ajudasse. Mas aqui também sou céptico. Porque: a ciência é socialmente condicionada e está sujeita às mesmas fragilidades que todas as outras interacções sociais. E aqui também, com bastante ousadia e persistência, a opinião da maioria pode ser contestada se alguém estiver preparado para levar a surra que inicialmente se espera. Se uma mudança ocorrerá depois depende de dois fatores:

  • se alguém está realmente certo e verifica-se que a maioria esteve errada até agora, e
  • se é possível conseguir que um porta-voz fale esta verdade que encontre ouvidos suficientes.

    Podemos ser curiosos. Atualmente estamos testemunhando um processo histórico em que a verdade está sendo negociada. Com seu desafio, Lanka apontou que a verdade consensual é menos certa do que parece. Com sua resposta, Bardens tentou enfrentar o desafio. Os estudos apresentados, como mostram as análises acima, são menos fortes do que se imagina. O fato de que isso não põe em questão o fato de que o sarampo pode ser perigoso, que as vacinas podem ajudar, etc., não é abordado. O que está em discussão é o consenso da maioria de que o que aconteceu na ciência até agora é suficiente para provar a factualidade do vírus do sarampo. Depois de tudo o que vi até agora, isso me parece duvidoso. Tendo em vista o grande problema de replicação na medicina [18] e a dúvida resultante na sociedade, provavelmente seria sensato que alguns pesquisadores competentes se dispusessem a dissipar essas dúvidas por meio de replicações cuidadosas. De uma vez por todas. Ou para reabrir os livros. No momento, ambos me parecem possíveis, mas nada ainda foi definitivamente comprovado.”



Versão traduzida e reblogada – Original aqui



Outros artigos complementares:


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Fontes e referências

[1] Anúncio do Klein-Klein-Verlag de 24.11.2011

[2] Dean, K. (2004). O papel dos métodos na manutenção das crenças ortodoxas na pesquisa em saúde. Ciências Sociais e Medicina, 58, 675-685.

[3The debate has been competently presented by a science journalist. Even if not everything is accurately represented, the historical debate is of great importance: Teicholz, N. (2014) The Big Fat Surprise. Why Butter, Meat and Cheese Belong in a Healthy Diet. New York: Simon and Schuster. For example, the largest randomized low-fat diet study ever conducted, involving nearly 50,000 women over 7 years of age, shows that these long standard diets and scientifically proven nutritional advice are useless for both weight loss and the prevention of heart attacks: Beresford, S. A., Johnson, K. C., Ritenbaugh, C., Lasser, N. L., Snetselaar, L. G., Black, H. R., et al. (2006). Low-fat dietary pattern and risk of colorectal cancer: The women`s health initiative randomized controlled dietary modification trial. Journal of the American Medical Association, 295(6), 643-654. Howard, B. V., Manson, J. E., Stefanick, M. L., Beresford, S. A., Frank, G. R., Jones, B., et al. (2006). Low fat dietary pattern and weight change over 7 years: The Women’s Health Initiative dietary modification trial. Journal of the American Medical Association, 295(1), 39-49. Howard, B. V., van Horn, L., Hsia, J., Manson, J. E., Stefanick, M. L., Wassertheil-Smoller, S., et al. (2006). Low fat dietary pattern and risk of cardiovascular disease: The Women’s Health Initiative randomized controlled dietary modification trial. Journal of the American Medical Association, 295, 655-666.

[4] Hudson, L., & Jacot, B. (1986). The outsider in science: a selective review of evidence, with special reference to the Nobel prize. In C. Bagley & G. K. Verma (Eds.), Pesonality, Cognition, and Values (pp. 3-23). London: Macmillan.

[5] Gøtzsche has worked this out for the pharmaceutical industry: Gøtzsche, P. C. (2013). Deadly Medicines and Organised Crime: How Big Pharma Has Corrupted Health Care. London: Radcliff.

[6] Sheldrake, R. (1998). Experimenter effects in scientific research: How widely are they neglected? Journal of Scientific Exploration, 12, 73-78.

[7] Rosenthal, R. (1976). Experimenter Effects in Behavioral Research (enlarged edition). New York: Irvington.

[8] Fleck, L. (1980). Origin and development of a scientific fact. Introduction to the teaching of thinking style and thinking collective. With an introduction edited by L. Schäfer and T. Schnelle. Frankfurt: Suhrkamp. (Original published 1935).

[9] Walleczek, J., Shiu, E. C., & Hahn, G. M. (1999). Increase in raditiation-induced HPRT gene mutation frequency after nonthermal exposure to nonionizing 60Hz electromagnetic fields. Radiation Research, 151, 489-497.

[10] Stefan Baumgartner, for example, who does research with potentiated, serial ultra-high diluted substances on plants, has basically carried out all his experiments with systematic negative controls and most researchers in this field have done the same for him. Cf. approximately Scherr, C., Simon, M., Spranger, J., & Baumgartner, S. (2009). Effects of potentised substances on growth rate of the water plant Lemna gibba L. Complementary Therapies in Medicine, 17, 63-70, oder Witt, C. M., Bluth, M., Albrecht, H., Weisshuhn, T. E. R., Baumgartner, S., & Willich, S. N. (2007). The in vitro evidence for an effect of high homeopathic potencies – A systematic review of the literature. Complementary Therapies in Medicine, 15, 128-138, die einen Überblick geben.

[11] Radin, D., Taft, R., & Yount, G. (2004). Effects of healing intention on cultured cells and truly random events. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 10, 103-112. Taft, R., Moore, D., & Yount, G. (2005). Time-lapse analysis of potential cellular responsiveness to Johrei, a Japanese healing technique. BMC Complementary and Alternative Medicine, 5(1), 2. Yount, G., Smith, S., Avanozian, V., West, J., Moore, D., & Freinkel, A. (2004). Biofield perception: A series of pilot studies with cultured human cells. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 10, 463-467.

[12] However, Koch’s postulates are no longer upheld, because it has been seen that they are far too mechanistic. This change in the historical context alone is highly interesting, since it shows that we have implicitly moved away from the monocausal scheme, which, however, we try to maintain in the general perception by speaking of “pathogens”, “causative agents”, etc.

[13] HeLa cells are cell cultures from the carcinoma from which Henrietta Lacks died in 1951 and which have been cultivated and commercially available since then.

[14] This is obviously the name of the boy from whom this first infectious substance was obtained.

[15] Fleck, L. (1980). Origin and development of a scientific fact. Introduction to the teaching of thinking style and thinking collective. With an introduction edited by L. Schäfer and T. Schnelle. Frankfurt: Suhrkamp. (Original published 1935).

[16] Lynes, B. (2011, orig. 1987). The Cancer Cure That Worked! Fifty Years of Suppression. Lake Tahoe: Biomed Publishing.

Kevles, D. J. (1997). Pursuing the unpopular: A history of courge, viruses, and cancer. In R. B. Silver (Ed.), Hidden Histories of Science (pp. 69-112). London: Granta Books. Vor allem der letztere Text zeigt: jede spätere Mainstream-Theorie der Krebsforschung wurde zunächst als Aussenseitertheorie heftigst bekämpft, bevor sie akzeptiert wurde.

[17] Greenberg, S. A. (2009). How citation distortions create unfounded authority: analysis of a citation network. British Medical Journal, 339, b2680

[18] Horton, R. (2015). Offline: What is medicine’s 5 sigma? Lancet, 385, 1380

Dom Fuas Roupinho

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